quinta-feira, 6 de junho de 2013

HISTOLOGIA DO GLOBO OCULAR

O olho humano é uma estrutura fotossensível de alta complexidade capaz de detectar com enorme precisão a forma, a cor e a intensidade de luz refletida dos mais diversos objetos. 


O olho é constituído de três túnicas dispostas concentricamente:
1)    Camada externa (fibrosa) – formada pela esclera (ou esclerótica) e pela córnea.
2)    Camada média ou túnica vascular – constituída pelo coróide, pelo corpo ciliar e pela íris.
3)    Camada interna nervosa (fotossensitiva) – composta pela retina, que se comunica, através do nervo óptico, com o cérebro.
Além disso, o olho possui a lente ou cristalino, uma estrutura biconvexa transparente. Em frente ao cristalino, há uma expansão pigmentada e opaca da camada média, que o recobre em parte, a íris, que é quem dá a “cor ao olho”.
No olho há três compartimentos, que são os seguintes:    
1)    Câmara anterior – situada entre a íris e a córnea.
2)    Câmara posterior – situada entre a íris e o cristalino.
3)    Espaço vítreo - situado atrás do cristalino e circundado pela retina.
Nestas câmaras há um líquido que contém proteínas, o humor aquoso. O espaço vítreo apresenta-se cheio de uma substância gelatinosa, o corpo vítreo.


*    Retina:
         A retina fica na parte interna do globo ocular e é formada por duas porções: posterior sensitiva e anterior não-sensitiva ou cega. A parede mais externa da retina originará uma fina camada de epitélio cúbico simples, composta de células pigmentares (epitélio pigmentar da retina). A outra parte da retina (mais interna) é constituída de fotorreceptores. Essas camadas não estão fortemente unidas uma à outra, enquanto que a camada pigmentar está muito aderida à coróide.
         Esse epitélio pigmentar é composto por células cúbicas com núcleo na posição basal. E, a parte fotossensitiva da retina compõe-se das seguintes camadas:
a)     Membrana limitante externa
b)    Células fotossensitivas – cones e bastonetes;
c)     Neurônios bipolares – unem os cones e os bastonetes às células ganglionares;
d)    Células ganglionares – contato com os neurônios bipolares na parte externa e, na interna, com fibras nervosas que vão originar o Nervo Óptico.  
e)     Membrana limitante interna

Então, esquematicamente temos a retina dividida de sua parte mais interna (que fica em contato com o corpo vítreo) para sua parte mais externa em:
-         Membrana limitante interna;
-         Células ganglionares;
-         Células bipolares (monossinápticas e polissinápticas);
-         Células fotossensitivas (cones e bastonetes);
-         Membrana limitante externa.

 

# Qual a função dos Cones e dos Bastonetes?

 

         Os Cones é que permitem que tenhamos uma boa resolução de imagens e de suas cores e uma grande acuidade visual. Os Cones são responsáveis pela percepção da luz em intensidades normais de iluminação. Já os Bastonetes, são sensíveis à luz de baixa intensidade, permitindo a visão noturna e em ambientes de pouca iluminação. No entanto, os Bastonetes permitem uma visão menos precisa.

 

2) PATOLOGIAS RELACIONADAS


*    A obstrução de canais presentes no ângulo iridiano pode levar a defeito no fluxo normal do humor aquoso, causando uma falha na drenagem do líquido na câmara anterior do olho, aumentando a pressão intra-ocular, ocasionando o glaucoma. Essa pressão intra-ocular elevada pode causar lesão da retina e até perda da visão. Muitas vezes, a origem é desconhecida. E, em alguns casos, a drenagem do humor aquoso fica bloqueada por restos resultantes de uma infecção ou trauma no globo ocular.
*    O descolamento da retina ocorre na união frouxa entre a região de contato do epitélio pigmentar com a camada fotossensível, e pode ter graves conseqüências se não for corretamente tratado. As causas predisponentes mais comuns são: miopia e extração de catarata.
*    A catarata consiste de uma opacificação do cristalino, que torna a visão borrada. Pode ser congênita, traumática ou senil (mais comum – grande parte das pessoas maiores de 60 anos apresenta algum grau de opacificação do cristalino).

*     A retinopatia diabética é a principal causa de novos casos de cegueira em adultos com idade entre 20-65 anos nos EUA. Na não proliferativa ocorre dilatação venosa, microaneurismas, hemorragia da retina e exsudatos endurecidos. Edema, isquemia e exsudatos da mácula também podem levar à perda da visão. Na proliferativa ocorre neovascularização. Essa proliferação de vasos sangüíneos, associada a seus componentes fibrosos, pode resultar num descolamento da retina por tração. Pessoas com diabetes mellitus, hipertensão sistêmica ou hiperlipidemia devem ter um cuidado maior.